sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Beignets {coisas que eu gosto}
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
[É um post palerma, apeteceu-me]
Quarta-feira é dia das limpezas aqui na casa.
Este processo aparentemente simples é uma afinal uma coisa bastante surreal.
o meu tapete e colcha foram violentamente tirados do caminho)
(Do mesmo modo,durante a demanda do objectivo b)
os obstáculos à execução são empilhados
ou simplesmente atirados para um sitio tipo lavatório)
"Par ici ou par là?"
Marché aux fleurs
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Le seul véritable voyage
"Le seul véritable voyage, le seul bain de Jouvence, ce ne serait pas d'aller vers de nouveaux paysages, mais d'avoir d'autres yeux, de voir l'univers avec les yeux d'un autre, de cent autres, de voir les cent univers que chacun d'eux voit,
que chacun d'eux est. "
that each of them is.]
domingo, 26 de outubro de 2008
E temos 5 anos outra vez...
E por isso a Disney é para mim um lugar associado a muito boas memórias. Isso, e todo o detalhe de um sítio onde ficamos pequeninos outra vez, encantados, encantáveis. Por tudo isso foi um prazer voltar lá, e compartilhar com a minha tia este sítio. Depois de um sábado de turismo intensivíssimo por Paris :), perdemo-nos então neste sítio tão mágico.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
To build a home
Na verdade, os lugares são apenas isso, lugares. Podem seduzir-nos, mas não nos prendem por si - e o deslumbramento passa com o tempo. Não tenho saudades dos sítios, para ser sincera, mas acho que isso se prende com saber que voltarei sempre ai, de uma forma ou de outra. Tenho saudades, como tive ontem, das pessoas que sei minhas, e que se entrelaçam na história destes lugares.
Cada vez sinto mais que a nossa casa pode ser em qualquer lado, e é um lugar que tem pouco de geográfico. E as vezes, nao tem sequer a ver com a presença física de quem amamos. Tem a ver com uma presença mais importante, a de sabermos que os nossos nos esperam, na nossa verdadeira casa, onde quer que esse lugar seja.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Nous allons au cinéma!
Fomos todos ao cinema :) Com a logistica que uma coisa destas envolve, entre mobilizar toda a gente, e casacos (é que afinal estava mesmo frio!!) e passes e cartões de estudante, ja so conseguimos ir a segunda sessão.
Se calhar, não tão aplaudivel como o hype faz crer - ja toda a gente aqui foi / vai / quer ir ver. Mas ainda assim no estilo dos ultimos filmes do Woody Allen, com dialogos muito engraçados e pormenores deliciosos, e uma Penélope Cruz no papel em que mais gostei de a ver até hoje, lunatica e ainda assim bastante credivel.
[E não consigo tirar esta musica da cabeça :)]
Difícil, difícil...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Versailles
sábado, 18 de outubro de 2008
Pot de bienvenue
O pot basicamente é uma pequena festa, que envolve comida e bebida, para festejar qualquer coisa mais ou menos relevante - desde que cheguei já houve 3 lá no INSERM, ora porque alguém chega, alguém parte, algum artigo é publicado. (E eu acho que são só pretextos ;))
E, desta forma, ontem tivemos cá também na maison o nosso pot de boas vindas.
Os pontos altos: comidinha portuguesa de entrada! Rissóis, e croquetes e salgadinhos, pastéis de feijão e doce de ovos, e todas essas coisas boas que não há em lado nenhum como no nosso Portugal. E em seguida... o festão 80's :) Foi muito giro, e acima de tudo, uma boa oportunidade para conhecermos as pessoas dos outros pisos que também estão por cá.
À entrada, somos recebidos por uma frase do Ernest Hermingway, que é sem dúvida bastante inspiradora.
A verdade é que Paris se entranha. Não quero ser uma emigra desnaturada ("ah, lá na França é que é bom!! :)), porque de facto tenho saudades de muitas coisas nossas como povo e como cultura. Mas a verdade é que é muito difícil resistir ao deslumbramento de viver cá - todas as formas de arte são oferecidas de uma forma tão gratuita e tão cuidada, nos mais pequenos detalhes, que é impossível não admirar o orgulho e o empenho que os parisienses têm na sua cidade.
Obviamente que a minha opinião não é isenta, e que provavelmente a lua-de-mel passará, mas sinto-me num filme quando passeio por aqui - sair do trabalho e poder passear pela rive gauche, comprar flores na rua, ver o pôr-do-sol no Sena, ter tantos monumentos lindíssimos à volta (mesmo que a maioria deles sejam incógnitos dos guias turísticos) são coisas que parecem quase irreais, de tão etéreas.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A correr
[Dizíamos que nós, tugas, temos um grande plano para a nossa vida. Achamos que as nossas decisões nos definem ad aeternum. Que quando escolhemos um percurso profissional é para a vida. Que é inquestionável perdermos um ano inteiro, como os estudantes nórdicos fazem - para passear, conhecer uma cultura diferente, arranjar um emprego para pagar a ousadia e a experiência. Nós, tugas, gostamos do nosso cantinho...]
E acho também que gostamos da sensação de estar a correr para algum lado, de estarmos encaminhados, de não termos que pensar bem no próximo passo. Corremos para entrar na faculdade. Para acabar o curso. Para arranjar emprego. Para escolher a especialidade. Para tantos outros projectos pessoais.
Corremos porque é a meta seguinte, o próximo passo, o caminho previsto e previsível.
Corremos às vezes sem saber porquê - apenas porque é suposto, mesmo que nem sequer pensemos a fundo nisso. Corremos para ali porque toda a gente corre, porque nos dizem que sim e, às vezes, convencem-nos.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
On y mange?
Agora, os rostos são mais familiares, criam-se pequenas histórias e laços. Normalmente os nossos jantares começam as 8 e terminam as 11, a hora em que somos (mais ou menos) gentilmente expulsos da cozinha. Cozinhamos todos ao molhe, fazemos comida às prestações, partilhamos os tachos e, com sorte, alguém faz comida para três ou quatro. Entre diálogos em francês, inglês, português, árabe e italiano, ri-se, inventam-se palavras, faz-se mímica, discute-se arte, política, música, ciência - e muitas pequenas coisas sem importância, que fazem com que a casa pareça mais perto.
O jantar é o menos importante do jantar - ele acaba e nós ficamos, na conversa bem depois de termos terminado, à espera que neste bocadinho de vida caiba tudo o que nos ficou em tantos lugares dispersos do planeta. E, de alguma forma, as coisas aparecem - tímidas, discretas, quase sem que nos apercebamos. E de repente estão lá. É incrível como em pouco tempo as pessoas precisamos de uma rede, de pessoas que possamos chamar nossas - é uma questão quase física, quase gravítica.
Sim, o jantar é o menos importante do jantar - é apenas um delicioso pretexto para trocar ideias e criar laços, rir e esquecer, lembrar que o tempo passa tão rápido e que os pequenos momentos, os mais genuínos e simples, são sempre aqueles que levamos no baú das recordações.
Aqueles que, na altura, são apenas isso, momentos espontâneos e felizes, onde subitamente tudo parece no seu lugar.
E eu, que sempre tive cães e gatos...
... tenho agora este sucedâneo minor de um animal de estimação.
Que é preciso alimentar de 3 em 3 dias, mudar o meio para ficarem limpinhas e crescerem felizes e com espaço, manipular sempre com luvas, aquecer com cuidado e manter a temperatura certa (não queremos que expludam com o choque térmico :)).
terça-feira, 14 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Revoltei-me...
Sinto-me um bocadinho francesa, e quase percebo porque os franceses não gostam muito dos turistas. E não é bem dos turistas em si, é do que eles fazem à cidade, do que eles lhe tiram ou acrescentam.
Se esta cidade fosse minha também a quereria só para mim. Num desejo egoísta e mimado - não estraguem este momento, é só meu -, sem gente e sem ruído, só com o silêncio do amanhecer fresco e cálido, a luz horizontal e breve, a paz das coisas belas.
Esta manhã, eu quis Paris só para mim.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
The end of our nose {franceses inspirados}
This great world is a mirror where we
There are so many different tempers,
Michel de Montaigne (filósofo e escritor francês)
[E nós que, para lá de toda a diferença, somos no fundo somos tão iguais:
queremos o mundo inteiro, a doçura do sonho, a inocência da esperança, a intensidade da vida - ou talvez um ideal romântico e naïf destas bandeiras, que já não saberíamos largar.
Mas apenas para os colher pelo caminho e os levar de volta para os braços onde deixamos esquecido o coração, à nossa espera.
Para partir de novo?
Sim, quem sabe - há vícios que se nos entranham sem sabermos onde termina a nossa vontade.
Mas sempre com os olhos postos no próximo regresso, mesmo que não o definitivo.]
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Vender flores {conversas giras}
"As pessoas acham que podemos dar, dar, dar - e que a nossa capacidade de sobreviver não se esgota. Eu andei todos estes anos a dar muito, e só precisava de paz, de um sítio novo, de me esquecer de mim.
Preciso de me encontrar outra vez, para ser eu própria de novo, para recarregar as baterias - para depois ser capaz de dar tudo outra vez.
Por isso quando me perguntam o que quero fazer, só sei que quero fazer uma coisa diferente. Não quero ouvir os problemas dos outros e fazer de conta que eles não me afectam, porque é o meu trabalho e a vida continua. Não quero enganar-me e fazer de conta que as coisas passam por mim e não deixam marcas, porque as marcas estão cá mesmo quando eu não as vejo.
O que eu gostava era de trabalhar numa loja, com todo o tempo do mundo para pensar, vender flores em Paris."
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Primeiro fim de semana em Paris
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
INSERM / Collège de France
O INSERM faz parte da Collège de France e é num sítio bastante giro de Paris, no chamado quartier latin - um bairro que roubou o nome à língua incialmente falada pelos estudantes da Sorbonne. Desde sempre o quartier latin foi associado a artistas, estudantes e à vida boémia ;), e foi também aqui que aconteceram as revoltas estudantis de Maio de '68. É um sítio com várias avenidas onde é agradável passear (foi o que valeu no meu primeiro dia de trabalho, perdi-me como sempre! - onde estás Anita, com o teu mega-livro??).
Cité U
Aqui está a Cité Internationale Universitaire de Paris - ou, para os nativos, cité U. É neste sítio que tenho o prazer de ter ficado :) O edifício principal é este, que me lembra sempre a Hogwarts do Harry Potter. E à volta desta casa principal, onde estão a biblioteca e as cantinas, existem as várias casas de cada país. Na verdade, na casa de Portugal não existem mais do que 50% de portugueses, porque pelo que percebi acabam por fazer sempre algumas trocas de maneira a manter-se o espírito multicultural que era a ideia inicial da cité.