quarta-feira, 29 de outubro de 2008

"Par ici ou par là?"

Partir. Voltar.
As pessoas que ficam. E as pessoas que chegam.
Com espaços complementares, acrescentados ao vazio que não sabíamos que existia.

As decisões difíceis, impensadas, subitamente descobertas.
O horizonte aberto das opções. A responsabilidade da escolha. O medo do remorso, o medo do próprio medo, das suas limitações e, pior do que tudo, das suas consequências.

Ficar no limbo. Querer um bocadinho dos dois mundos. Querer um mundo que não existe, onde encaixassem ambos assim, completos, perfeitos.

Descobrir que ninguém dá os passos sem dor, e que a coragem está muito longe da insconciência - e bem mais próxima da ambivalência de um medo que é quase tão forte como ela, apenas um bocadinho infinitesimal menos intenso. E, por isso, não existe outra opção senão levá-los a ambos, lado a lado, na mesma bagagem.

Querer um mundo novo, resgatar uma esperança pueril de sonho, de poesia, de romance, que sabemos nossos mas que os dias nos fizeram esquecer. É que afinal, é possível - e quase parece fácil - a vida ser assim.

E, no fim disto tudo, achávamos que isto facilitava as coisas.
Que ser feliz é uma coisa plena, sem questões, sem mas.
Naïves.


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