"As pessoas acham que podemos dar, dar, dar - e que a nossa capacidade de sobreviver não se esgota. Eu andei todos estes anos a dar muito, e só precisava de paz, de um sítio novo, de me esquecer de mim.
Preciso de me encontrar outra vez, para ser eu própria de novo, para recarregar as baterias - para depois ser capaz de dar tudo outra vez.
Por isso quando me perguntam o que quero fazer, só sei que quero fazer uma coisa diferente. Não quero ouvir os problemas dos outros e fazer de conta que eles não me afectam, porque é o meu trabalho e a vida continua. Não quero enganar-me e fazer de conta que as coisas passam por mim e não deixam marcas, porque as marcas estão cá mesmo quando eu não as vejo.
O que eu gostava era de trabalhar numa loja, com todo o tempo do mundo para pensar, vender flores em Paris."
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