A ver tudo em câmara lenta, a desejar gravar cada pormenor, cada instante.
É assim, esta saudade - uma saudade do presente, boa, onde apetece ficar.
E estranha, que dói sem doer, ou melhor, dói de uma maneira tão sincera que não apetece sair dela. Como se fosse apenas o preço justo a pagar pelas coisas boas que acontecem, esta inevitabilidade de as perder um dia.
E, ainda assim, um preço demasiado baixo para pagar tudo o que foi acrescentado aos meus dias, tudo o que este silêncio me fez escutar, todos os sonhos que eu já não sabia que ainda tinha dentro de mim.
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