Os conceitos de religião, arte, amor, sexo, amizade, política, culinária, economia, feminismo, capitalismo (e outros ismos) são uma amálgama, e a sensação que me dá é a de que a verdade, essa, reside algures no meio da torre de Babel.
Dizia um amigo, daqueles que guardamos para sempre - "viver fora do ter mundo dificilmente muda a pessoa que tu és, mas mostra-te quão amplos os teus horizontes podem ser". E esta frase para mim foi um destino, que repito cada vez que estou num capítulo destes.
A verdade é que para sermos aceites ou queridos, num mundo onde cada um fala a sua língua, ninguém nos pede que mudemos a nossa opinião ou que dispamos as nossas bandeiras. A única coisa que se pede é bom senso, tolerância, saber escutar - porque de facto nunca sabemos se a nossa verdade é mais verdadeira do que as outras.
E escutar, ou perceber, ou empatizar, não tem de todo a ver com perder uma identidade.
Tem muito mais a ver com consolidá-la, ampliá-la, entendê-la - de saber antes de mais que uma identidade é uma escolha permanente, e não apenas um legado.
Respeitar as nossas convicções, antes de mais, é saber que temos o direito de escolha sobre elas. Como, aliás, em tudo o resto.
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