Hoje fui aos correios para enviar uma encomenda au Portugal (sim, O Portugal - why my god? :) e enquanto esperava estava a passar la num ecrã uma publicidade ao turismo no Porto. E foi giro ver o Porto de fora: a ponte de D. Luis ao entardecer, a ribeira e o cubo, o passeio dos alegres, a foz, tudo num ligeiro slow motion, em dias de sol, como uma cidade-postal.
Mas o que foi mais supreendente, para mim, foi que nos momentos em que passava cada um destes sitios, foi verdadeiramente instantânea a lembrança de tantas histórias associadas a cada um destes sítios - e assim, momentos que na altura pareceram apenas agradáveis, surgiram-me no momento exactamente da mesma forma que a publicidade à cidade, em slow motion, com a luz cálida dos finais de tarde.
[Caminhar na Foz ao sábado de manhã,
depois do pequeno almoço no Boca Doce.
Comer tremoços na esplanada do cubo,
à espera do começo dos jogos de futebol.
Os jantares na ribeira no verão,
com a inevitável indecisão da escolha do restaurante.
Subir aos Clérigos e ser surpreendia por uma cidade diferente,
ao fim de tantos anos, erradamente tomada como conhecida.]
Na verdade, os lugares são apenas isso, lugares. Podem seduzir-nos, mas não nos prendem por si - e o deslumbramento passa com o tempo. Não tenho saudades dos sítios, para ser sincera, mas acho que isso se prende com saber que voltarei sempre ai, de uma forma ou de outra. Tenho saudades, como tive ontem, das pessoas que sei minhas, e que se entrelaçam na história destes lugares.
Sinto isso - e acho que sentirei - tambem relativamente a viver em Paris. A cidade é para mim, e acima de tudo, uma metáfora. Um símbolo de um sonho cumprido (e tantas vezes perseguido, um pouco obsessivamente :)), de liberdade, de magia, de uma história em branco - para viver à minha maneira, sem ceder num único detalhe, com toda a ilusão que eu tiver para gastar.
Cada vez sinto mais que a nossa casa pode ser em qualquer lado, e é um lugar que tem pouco de geográfico. E as vezes, nao tem sequer a ver com a presença física de quem amamos. Tem a ver com uma presença mais importante, a de sabermos que os nossos nos esperam, na nossa verdadeira casa, onde quer que esse lugar seja.
1 comentário:
Olá!!
É so para comentar como gosto de ler o k escreves.. e ao ler o teu blog saio do meu quartinho pekenino e vou passeando por Paris numa bela companhia! :)
Espero k tudo comtinue a correr as mil maravilhas como parece que tem corrido! ;)
beijos grandes
Té***
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